Áreas de atuação

Mudanças climáticas e gestão de riscos

A Cáritas promove ações de solidariedade nacionais e internacionais para o atendimento à comunidades afetadas por desastres socioambientais ou que estão em situação de vulnerabilidade. Bem como, no trabalho para construção de comunidades mais seguras e resilientes através do Meio Ambiente Gestão de Riscos e Emergências (Magre), constituído desde a criação da Cáritas Brasileira.

O Magre promove e fortalece experiências concretas de prevenção, ações coletivas e tecnologias sociais, espaços de diálogos, comunicação e articulação com as organizações sociais, poder público, sobretudo, fazendo incidência pela defesa e garantia de direitos dos afetados junto aos espaços de atuação da política de Proteção e Defesa Civil e nas políticas que devem ser mais atuantes e efetivas nas situações de desastres e emergências socioambientais: assistência social, saúde, habitação, meio ambiente, segurança, educação, entre outras.

Migração e refúgio

A intensificação dos fluxos migratórios para o Brasil ocasionou um aumento importante de demandas por serviços e políticas, especialmente nas pequenas cidades de fronteira onde se concentram pessoas e famílias que chegam por estas vias. Nesse contexto, governos, organizações da sociedade civil, organismos internacionais, igrejas e outros atores são motivados a estabelecer políticas e meios de acolhida para todas as pessoas que migram em graves situações de vulnerabilidade. A Cáritas atua na acolhida, integração e proteção de migrantes e refugiados, por meio de projetos em diversas cidades do Brasil, em sintonia com o posicionamento pastoral do Papa Francisco.

Economia Popular Solidária

A Economia Popular Solidária (EPS) é uma estratégia de desenvolvimento sustentável e solidário fundamentado na organização coletiva de trabalhadores e trabalhadoras. É uma importante articulação que integra campo, floresta e cidade na construção alternativa de processos coletivos e autogestionários.

Infância, adolescência e juventudes

O Programa Infância, Adolescência e Juventude (Piaj) atua no campo da proteção social e defesa dos direitos da infância, adolescência e juventude. A Cáritas acompanha projetos, programas e outras iniciativas territoriais que possibilitem a participação desses sujeitos em espaços de mobilização.

Convivência com os biomas

A área de Convivências com Biomas busca valorizar e preservar a vida assim com fortalecer as lutas com posicionamentos em defesa dos povos e das comunidades tradicionais. Se insere tanto no contexto global de valorização e preservação da vida como na defesa dos povos e das comunidades tradicionais, tendo como perspectiva a proteção social, a garantia de direitos e a promoção de acesso a um conjunto de políticas públicas por parte dos povos incluídos em distintos ecossistemas. A convivência com distintos biomas e suas especificidades envolve não somente o aspecto ambiental, mas integra também as dimensões humanas, sociais, culturais, políticas e econômicas.

Povos e comunidades tradicionais

A Cáritas atua junto e contribui com o fortalecimento dos povos e comunidades tradicionais, grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, através do Decreto Federal 6.040/2000. Estes povos e comunidades constituem aproximadamente cinco milhões de brasileiros e ocupam 25% do território nacional. Com o intuito de contribuir com o fortalecimento de suas lutas, de suas organizações e para que as políticas públicas cheguem e se concretizam nestes lugares, a Cáritas vem atuando junto a estes povos e comunidades com profundo respeito às suas formas de ser e de existir.

Mulheres e equidade de gênero

As mulheres são maioria na população brasileira e já representam a maior parte do eleitorado mas, apesar disso, ocupam poucos espaços e cargos estratégicos, tanto nos espaços corporativos privados, quanto nos espaços públicos institucionais. Têm sido também, historicamente vitimas de violações de direitos, a partir de violências baseadas em gênero, como a violência doméstica, o assédio e abuso sexual, além do feminicídio. Há quase duas décadas, a Cáritas Brasileira, em sintonia com a Rede Cáritas Internacional, incluiu a transversalidade de gênero, tanto na dinâmica de organização da instituição, quanto no desenvolvimento das suas ações, que majoritariamente são lideradas por mulheres. A instituição entende e se compromete em denunciar todas as formas de violência e injustiça contra mulheres e meninas, além de buscar fortalecer nos ambientes populares e eclesiais, a reflexão a respeito do papel e do lugar do feminino nos espaços de gestão e instâncias de decisão.

Segurança Alimentar e Nutricional

A alimentação é um direito inalienável. A garantia de uma alimentação adequada e saudável é condição fundamental para uma vida digna e para o bem estar coletivo. Diante desse cenário, a Cáritas desenvolve ações junto a grupos e comunidades em situação de vulnerabilidade para que atuem no fortalecimento e na garantia das políticas públicas de segurança alimentar e nutricional. Além disso, também são desenvolvidas ações de apoio à agricultura familiar em acampamentos e assentamentos da reforma agrária. A entidade assessora grupos e comunidades de camponeses/as na formação de hábitos alimentares saudáveis no cultivo de hortas medicinais e plantios agroecológicos, na criação de pequenos animais, no acesso ao crédito e na gestão de fundos rotativos solidários, entre outras iniciativas de produção coletivas e autogestionadas.

Mundo Urbano

O direito de habitar, usar e participar da produção de cidades justas, inclusivas, democráticas e sustentáveis é uma conquista coletiva da qual são beneficiárias e titulares todos os habitantes da cidade, das gerações presentes e futuras. Falar em direito à cidade é também lutar pela garantia e promoção dos direitos humanos, nos quais estão inseridos os direitos civis, sociais, econômicos e culturais reconhecidos internacionalmente. O Estatuto da Cidade (lei 10.257/2001) reforçou a importância dos planos diretores como principal instrumento de efetivação do direito à cidade e criou diversos institutos jurídicos e políticos, visando combater processos promotores das desigualdades urbanas. No documento, o direito a cidades sustentáveis é compreendido como “o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações” (art. 2º , inciso I).

Gestão de resíduos sólidos, com ênfase em catadores/as

O trabalho da Cáritas com catadores e catadoras de materiais recicláveis, além de valorizar esses sujeitos, contribui de forma significativa para a superação da pobreza e da exclusão deste segmento da população. A entidade assessora grupos informais na formação de cooperativas e associações, na organização dos processos de trabalho e em aquisições como: galpão para estocar os materiais coletados, equipamentos de proteção individual e maquinários. Atua também pela inserção deste sujeito social nos processos de gestão de políticas locais de gerenciamento dos resíduos sólidos, fortalecendo sua participação na elaboração de planos estaduais e municipais.

Voluntariado

O Voluntariado assume a tarefa de combinar os esforços de diversas pessoas que doam seu tempo e talento em várias causas sociais. A ação voluntária é dirigida para a efetivação dos referenciais institucionais da Rede Cáritas e da Pastoral Social da Igreja, junto com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), contribui para construir uma vida melhor para as pessoas e colabora com a mobilização de pessoas em esforços comuns, a fim de potencializar boas práticas de transformação social.

Formação

Historicamente, a Formação tem grande relevância na caminhada da Cáritas, tornando-se ferramenta importante no seu processo organizativo e de gestão. A compreensão da realidade, metodologias permeadas pela vivência da ação libertadora comprometida com a transformação social, a perspectiva de processos participativos e emancipatórios numa perspectiva humana integral, foram sendo percebidos ao longo da caminhada, enquanto elementos estruturadores do processo formativo na instituição.

Referência: Cáritas Brasil